terça-feira, 26 de outubro de 2010

Conceitos Básicos de Química e de Física



A Física e a Química são dois ramos da ciência que tem contribuído significativamente para facilitar a nossa vida. As conquistas associadas a elas impulsionaram e aperfeiçoaram diversas áreas do conhecimento humano: a medicina, a odontologia, a veterinária,etc.

A Matéria
Matéria e Energia
Tudo que possui massa e ocupa um lugar no espaço recebe o nome de matéria.
Em linguagem científica, dizemos que energia é a capacidade de realizar um trabalho.

Alguns tipos de energias:
A energia do nosso corpo, a energia elétrica, a energia solar.
Substância, corpo e objeto:
Cada substância é um determinado tipo de matéria. Corpo é uma porção limitada de matéria.
Todos os corpos produzidos pelo homem e que possuem alguma utilidade recebem o nome de objeto.
No interior da matéria:
A matéria forma corpos. Mas existe algo menor que a matéria?
Moléculas:
Molécula é a menor parte de uma substância e que ainda conserva a mesma composição dessa substância.
Átomos: são partículas que formam as moléculas.
As transformações físicas e químicas da matéria:
Em física, em química, em todas as ciências, os acontecimentos que transformam os corpo – quer em sua composição, quer em sua posição no Universo – são denominados Fenômenos.
Entendemos como agentes físicos aqueles que, em geral, não mudam a natureza da substância.
O calor é um exemplo de agente físico. Ele pode derreter uma pedra de gelo, mas mesmo derretido, o gelo continuará sendo a mesma substância, em qualquer lugar deste planeta.
Há, no entanto, agentes físicos que podem modificar a natureza de uma substância.
Já os agentes químicos provocam ,em geral, modificações na própria substância. Um exemplo de agente químico pode ser outra substância que reage quimicamente com a primeira, dando origem a novas substâncias.

Os estados físicos da matéria:
O estado sólido:
Tem forma própria.
Tem volume definido.

O estado líquido:
Não tem forma própria.
Tem volume constante.

O estado gasoso:
Não tem forma nem volume definidos.

As mudanças de estado físico:
Fusão:
É a passagem de uma substância de estado sólido para o estado líquido.

Vaporização:
É a transformação de uma substância do estado líquido para o estado gasoso.

Condensação:
É a mudança de substância do estado gasoso para o estado líquido.

Sublimação:
É a passagem direta de uma substância do estado sólido para o estado de vapor e vice-versa.

Fonte:BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson Roberto- Física e Química 8ª série
Editora Ática-2001.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Saúde na Escola



Lygia Luiza Schmal Moreira 1
Isa Maria Bezerra de Queiroz 2
A vida moderna vem exigindo que as áreas sociais desenvolvam programas e projetos compatíveis com as exigências e necessidades da população brasileira. Esta preocupação permanente com os cenários e as diversificadas formas de se investir na promoção da saúde constitui-se em uma das estratégias que fundamentam a ação coletiva que se construirá a cada dia, conforme o ambiente e estrutura de cada comunidade, quer seja na família, nos grupos comunitários, na educação, nas unidades de saúde e no trabalho.
Sob esta ótica está se estruturando um painel que vem colocando os profissionais de saúde e os educadores frente a novos desafios no desenvolvimento de ações educativas em saúde. Em um mundo globalizado e em permanente transformação, observa-se a existência emergente de uma educação, de uma ética e de uma cultura voltadas para a diversidade - afinal, vive-se o tempo de uma sociedade multicultural cuja diferença é a essência, e, por isso, faz-se necessário que as pessoas sejam capazes de reconhecer tais diferenças e respeitá-las. Este cenário requer a integração de ações de saúde e educação, bem como a adoção de novas posturas e formas de atuação profissional que encontram, na escola, um ambiente propício e desafiador. No espaço escolar, a criatividade é fundamental para que professores, alunos e comunidade apreendam juntos o sentido da vida e do mundo. Nesta direção, o entendimento das diferenças existentes e a criação de um ambiente favorável à convivência, em que os conflitos poderão ser trabalhados, requer o conhecimento da realidade e do cotidiano do aluno, do professor e da comunidade.
A articulação do saber, do conhecimento, da vivência diária com a comunidade, traduzida na prática de uma ação escolar coletiva e solidária, leva crianças, adolescentes e adultos a terem uma experiência rica no contexto escolar.
Na idade escolar - uma fase importante para o desenvolvimento humano - é fundamental que sejam implementadas estratégias de ação voltadas para a saúde no sentido de promover a auto-estima, o desenvolvimento de habilidades e de comportamentos saudáveis.
Com os desafios existentes na área de saúde, especialmente no enfrentamento dos problemas que afetam a população e que estão relacionados com uma melhor qualidade de vida, torna-se necessário que novos conceitos e paradigmas sejam abordados mediante a proposição de novas estratégias.
Recorremos a Paulo Buss, 1998, que enfatiza a importância da atenção à saúde da criança que deve "ter sempre como eixo o crescimento e desenvolvimento desse sujeito, que lhe confere a especificidade e a vulnerabilidade próprias. Dessa forma, a atenção à saúde para essa idade da vida deve ter como foco estratégias que concorram não somente para a superação dos danos físicos, mas que ao enfrentarem também seus determinantes propiciem o cuidado integral". Portanto, é estratégico que crianças, adolescentes e adultos comecem a desenvolver suas relações com a saúde, direcionando ações e atividades vinculadas aos espaços da vida cotidiana e à organização de conteúdos voltados para o atendimento das demandas destes atores.
As relações espaciais - a família, a escola, a comunidade e os serviços de saúde - sempre identificadas com as condições sociais e os diferentes estilos de vida - são importantes para o crescimento e desenvolvimento de aptidões para se viver com saúde. Ainda, conforme Paulo Buss, os seguintes assuntos merecem ser abordados com freqüência pela escola: "crescimento e desenvolvimento, educação em saúde, hábitos e vida saudável, arte/lazer/exercícios físicos, alimentação/vigilância nutricional, controle das condições sanitárias de moradia e da escola, violência, educação para o trânsito, saúde oral, saúde sexual, saúde reprodutiva, saúde mental, imunização, prevenção de dependência química, prevenção de DST/AIDS, controle de acuidade visual e auditiva, controle de doenças respiratórias, infecciosas e parasitárias."
Experiências pedagógicas de educação em saúde vêm sendo assinaladas em todo o país. As dimensões dos problemas sociais se multiplicam e a intervenção compartilhada entre os segmentos sociais e as forças vivas da comunidade se constroem lentamente, não sendo possível alcançar, em curto espaço de tempo, solução para esses problemas. Entre essas experiências consideram-se como válidas aquelas que implementam a promoção da saúde. No caso da escola, a implementação de ações de promoção da saúde está comprometida com a melhoria dos padrões de vida das crianças, adolescentes, adultos e da comunidade em geral.
Promover saúde na escola significa, por exemplo, atentar para questões relacionadas à gravidez na adolescência; à incidência de doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, decorrentes de uma atividade sexual que se inicia cada vez mais cedo e sem a devida proteção; aos hábitos alimentares e à adoção da atividade física; aos acidentes e à violência. Promover saúde na escola, neste sentido, implicará, portanto, o desenvolvimento de ações em consonância com as aspirações sociais e as necessidades emergenciais da comunidade onde está inserida.


Escola como ambiente saudável


Profissionais e especialistas de diversas áreas têm se preocupado com a situação das comunidades onde vivem as pessoas e têm procurado contribuir para a qualidade de vida de todos os cidadãos de uma comunidade, onde a responsabilidade é compartilhada entre os vários atores sociais que a compõem e onde a ação coletiva traduz-se numa visão integral do ser humano em suas essências física, mental e social.
Neste cenário, é fundamental a vinculação dessa ação com a construção da cidadania e com a administração de ações e atividades programadas que reconheçam a interdependência entre os mais diversos fatores: cultura organizacional, mentalidade dos profissionais, funções e processos que cada pessoa responde. Esses aspectos merecem uma atenção contínua, flexível e a busca da integração entre os diferentes segmentos que compõem o ambiente educativo.
Os segmentos da escola contribuem para que o ambiente escolar seja favorável à saúde. Com condutas simples e a participação de todos, aos poucos se construirá um ambiente agradável e evidentemente mais saudável. Promover a abertura de espaços ociosos às reuniões de grupos específicos, seja de igrejas, associações de moradores, sindicatos, associações beneficentes, familiares e outros, tende a possibilitar que mais pessoas venham a participar da vida escolar e a tornar a escola um centro irradiador de conhecimentos, cultura e saúde.
Quando a comunidade se apropria da escola como seu espaço, poderá evitar atos de vandalismo (depredações, roubos e assaltos). Dessa forma, será possível construir e consolidar, com parceiros comprometidos com a educação e com a saúde, projetos sociais que possam apoiar a escola na solução dos problemas referentes à violência entre as crianças, adolescentes e adultos. A violência contra a criança, o adolescente e as famílias é um tema social emergente e que aflora ou mesmo se reflete no ambiente escolar. No local, são inúmeras as abordagens sobre a violência e suas conseqüências.
A valorização do cotidiano da escola e a elaboração de um projeto político-pedagógico, no qual a promoção da saúde esteja incluída, são importantes para que se estimule o indivíduo e a comunidade a desenvolverem habilidades para uma vida mais saudável, garantindo processos de aprendizagem que respeitem os direitos dos cidadãos. Trabalhar programas e projetos sociais envolvendo grupos diversos em atividades integradas desenvolve a auto-estima, o respeito mútuo e a troca de experiências, o que pode contribuir para a criação de um clima de afetividade que pode ser incorporado à vida dos indivíduos. A implementação de atividades artísticas, esportivas e culturais enriquece a ação na escola e na comunidade e representa o respeito à identidade histórica e social. Com a diversidade de ações e atividades voltadas para uma vida mais plena de sentido, a comunidade será estimulada em sua capacidade de desenvolver a percepção crítica para a tomada de decisões que impliquem uma vida mais saudável.


Temáticas sociais - escola, saúde e cidadania


A proposta de uma educação voltada para estimular e desenvolver nos alunos o exercício da cidadania, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, vol. 8, p.22), indica como princípios orientadores a "dignidade da pessoa humana, a igualdade de direitos, a participação e a co-responsabilidade pela vida social". Neste enfoque, garantir a dignidade e o exercício da cidadania é tarefa de todos. A cidadania é exercida quando áreas afins, principalmente a saúde e educação, desenvolvem integradamente suas ações diárias. O compromisso com a construção da cidadania reflete "uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social, dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental" (PCN, vol.8.).
A saúde relaciona-se com o meio ambiente em que vivemos, a estrutura da sociedade e das famílias e os hábitos pessoais de vida. É a relação do ser humano com ele mesmo, com o seu mundo social e o seu ambiente. É também uma relação da sua história e da história social em que está inserido. Na escola, a saúde e a cidadania são temáticas sociais que se complementam e devem ser objeto de interesse e preocupação dos atores responsáveis por sua incorporação à vida dos alunos e da comunidade em geral.
Nessa perspectiva, trabalhar a cidadania e a saúde como temas maiores que permeiam a sua vida diária - utilizando-se, para isso, das manifestações culturais próprias da comunidade, do município, estado e país e buscando recuperar valores e vivências sociais - torna a vida mais repleta de sentido humano.


O fracasso escolar


O desenvolvimento de ações e atividades que contribuam para a permanência e inclusão dos alunos na escola e para afastar os riscos da evasão escolar, repetência e defasagem idade/série se apresenta como mecanismo de apoio a uma ação integrada entre a educação e a saúde. O teatro, a música, o desenho, as manifestações culturais, as atividades físicas e o reforço escolar se constituem estratégias viáveis para o resgate de valores e a auto-estima desse segmento.


Prevenção de drogas / Aids / Gravidez na adolescência


Prevenir o uso de drogas, no contexto escolar, é importante. A escola tem realizado, com crianças, adolescentes, adultos e comunidade, rodas de conversa, projetos de protagonismo juvenil, atividades físicas, coral, banda, peças de teatro e outras manifestações culturais próprias da comunidade que têm contribuído para uma melhor abordagem deste tema.
O trabalho sobre DST/AIDS na escola vem se constituindo como uma nova postura ética de envolvimento de toda a sociedade com o tema, cuja discussão é indispensável e deve estar permanentemente presente no cotidiano escolar. Considerando o contexto atual, é importante que a escola construa com os alunos o conhecimento sobre as DST/AIDS como uma urgência social. Temas dessa natureza vêm sendo estabelecidos como uma decorrência das necessidades emergenciais da sociedade que, atualmente, ressente-se de um envolvimento maior das diversas áreas sociais com o problema.
A gravidez na adolescência é assunto cada vez mais presente na vida diária da escola. A gravidez precoce ocorre, na maioria das vezes, em momentos de indefinição, indecisão e, sobretudo, falta de conhecimento sobre a educação sexual, sexualidade e planejamento familiar. Nessas circunstâncias, o espaço escolar torna-se cada vez mais importante, pois é fundamental seu engajamento na discussão desse temas, buscando, em conjunto com a comunidade, especialmente os pais, desenvolver de forma coletiva programas e projetos comprometidos com o bem-estar e a saúde da população escolar.
Nos novos cenários propostos, estabelece-se a necessidade de reconstrução dos saberes da educação e da saúde.


Relação da escola com o SUS


A relação da escola com o Sistema Único de Saúde/ SUS será construída mediante um comprometimento maior dos profissionais envolvidos no processo. Exemplos de uma ação conjunta têm sido assinalados no Brasil e indicam uma ação mais comprometida com a promoção da saúde, a prevenção de doenças e cuidados básicos de atenção à saúde.
O processo de construção de vida saudável envolve as áreas de saúde e educação e fortalece o enfoque de saúde como qualidade de vida. Para que este processo tenha êxito, além da saúde e educação devem também ser envolvidos os demais setores sociais, buscando atender às necessidades das escolas e comunidades.


A construção de parcerias

Construir parcerias entre os setores sociais vem exigindo um exercício pleno de compartilhamento, quer seja institucional - educação, saúde, justiça, trabalho, meio ambiente -, quer seja por parte da sociedade civil organizada: associações, sindicatos, igrejas e outros grupos.
Com os setores sociais já referenciados, é possível estabelecer ações compartilhadas que venham a consolidar uma prática social coletiva e a construção de relações voltadas para a participação e o apoio à ação escolar.
Pontos para reflexão
1) Como introduzir hábitos saudáveis de vida?
2) Como abordar o meio ambiente - lixo, endemias, etc. - de forma articulada com a conscientização de uma questão ambiental mais geral?
3) Como incentivar a construção de relações mais solidárias?

Bibliografia
BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais, vol. 8. Brasília, 1997.
BUSS, Paulo Marchiori et al. Promoção da saúde e a saúde pública: contribuição para o debate entre as escolas de saúde pública da América Latina. Rio de Janeiro, 1998, versão preliminar. Mimeo.
ESCOLA PROMOTORA DA SAÚDE. In: Revista Promoção da Saúde, Ministério da Saúde, Brasília, v. 1, no 1, ago./out. 1999, p. 40-43.
GADOTTI, Moacir et al. Perspectivas atuais da Educação. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000.
MARTÍNEZ, Albertina Mitjáns. Psicologia escolar e educacional, v. 1, no 1, p. 19-24, 1996. Mimeo.

1 Consultora da Coordenação de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde.
2 Assistente Social do Ministério da Saúde.

Sexualidade

Educação Sexual

A Educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao sexo, livre de preconceito e tabus. Antigamente e ainda hoje, falar sobre sexo provoca certos constrangimentos em algumas pessoas, mas o tema é de extrema importância, pois esclarece dúvidas sobre preservativos, DSTs, organismo masculino e feminino, anticoncepcionais e gravidez.
O objetivo principal da educação sexual é preparar os adolescentes para a vida sexual de forma segura, chamando-os à responsabilidade de cuidar de seu próprio corpo para que não ocorram situações futuras indesejadas, como a contração de uma doença ou uma gravidez precoce e indesejada. Infelizmente o ser humano tende a acreditar que o perigo sempre está ao lado de outras pessoas e que nada irá acontecer com ele mesmo, o que o coloca vulnerável a tais situações.

Os meios de comunicação, entre tantos outros que utilizam o sexo para chamar a atenção das pessoas, acabam por estimular e criar curiosidades precoces até em crianças, o que dificulta bastante o processo de conscientização e responsabilidade individual dessas sobre o assunto. Dessa forma, se torna cada vez mais importante ensinar os adolescentes quanto ao assunto, isso dentro de casa e nas instituições de ensino
Uma adolescente que engravida nesse período de transição corpórea pode sofrer muitos problemas de saúde, como anemia, parto prematuro, vulnerabilidade a infecções, depressão pós-parto, hipertensão, inchaço, retenção de líquidos, eclampsia, convulsões e até mesmo a morte. Apesar de problemas fisiológicos, quando uma adolescente engravida, ela passa também por problemas psicológicos, pois a mudança de vida rápida exige grande adaptação e isso pode gerar conflitos, pois uma grande etapa de sua vida foi pulada.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola


Ficar

“Ficar” é uma expressão utilizada, mais ou menos a partir da década de oitenta, para nomear um tipo de relação na qual há troca de carinhos/carícias, mas que, diferentemente do namoro, não tem o compromisso com o outro como um fator fundamental.
O “ficar” não tem como pré-requisito conhecer anteriormente a pessoa; e também não possui um tempo de duração definido. Pessoas podem ficar em um intervalo de um único beijo, uma noite inteira, no período das férias, ou mesmo meses; sem, necessariamente, ter a obrigação de ligar, procurar, ou mesmo de ficar apenas com essa mesma pessoa. Há indivíduos que “ficam ficando” por meses, podendo ou não assumir, oficialmente, um namoro.
No “ficar” pode-se ficar escondido, ou passear de mãos dadas com o parceiro da vez; pode-se ficar um dia com a pessoa e no outro, estar com ela sem, necessariamente, ficar de novo. Pode-se estar apaixonado pelo “ficante”, ou unicamente sentir atração física por ele...
Assim, “ficar” pode para uma mesma pessoa significar um ato de libertinagem, em alguns casos; e, em outros, a um processo de pré-namoro, onde um conhece mais sobre o outro.
Devido a esta ausência de regras bem definidas, sentimentos de confusão, ansiedade, ou mesmo angústia, podem surgir, já que, por exemplo, existe a possibilidade real de se apaixonar pelo “ficante” sem que este compartilhe o mesmo sentimento. Ou vê-lo com outra pessoa sem ter o direito de cobrar exclusividade. Ou de esperar uma atenção a mais sem, também, poder esperar que isso, de fato, aconteça. Aliás, a cobrança é um fator que pode fazer com que o outro deseje parar de ficar com aquela pessoa...
Alguns psicólogos acreditam que este tipo de relação representa, para os jovens, o exercício da descoberta do outro, de seu corpo, sua personalidade e também autoestima; mas que, no entanto, pode ser um tipo de fuga quando a pessoa, mesmo com o passar dos anos, continua resumindo suas relações apenas a “ficadas”.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Puberdade

A puberdade é um período de transição do desenvolvimento humano, correspondente à passagem da fase da infância para a adolescência, circunstanciada por transformações biológicas de âmbito comportamental e corpóreo, conferindo pelo surgimento dos caracteres sexuais secundários diferenciados de acordo com o gênero.
No organismo masculino tais variações da maturação geralmente ocorrem entre a faixa etária dos 12 aos 14 anos de idade, e para o biótipo feminino esse marco caracteriza-se a partir da primeira menstruação, também denominada de menarca, conferindo maturidade por volta dos 10 aos 13 anos de idade.
Tais mudanças são coordenas a partir da ação endócrina mediante a atuação de hormônios hipotalâmicos, desencadeando a síntese de hormônios hipofisários, que irão estimular as glândulas sexuais a produzirem respectivamente: testosterona nos testículos (gônada masculina), e estrógeno nos ovários (gônada feminina).
Contudo, em condições normais os hormônios não são totalmente exclusivos de cada sexo, as glândulas sexuais bem como as supra-renais de ambos os sexos produzem estrógeno e testosterona, em níveis de concentração tolerantes e adequados ao desenvolvimento masculino e feminino.

Os principais caracteres sexuais secundários individuais induzidos à estrutura corpórea humana são:
Masculino
- surgimento de pelos nas regiões axilares (axila), inguinais (pubianos) e torácicos (peito);
-aumento em volume dos testículos e tamanho do pênis;
-crescimento de pelos faciais (barba);
-oscilação com posterior entonação da voz;
-alargamento da omoplata (escápula /ombros);
-desenvolvimento da massa muscular;
- aumento de peso e estatura;
-início da produção de espermatozoides.
Feminino
- expansão óssea da cintura pélvica (bacia);
-princípio do ciclo menstrual;
-surgimento de pelos nas regiões axilares (axila) e inguinais (pubianos);
-depósito de gordura nas nádegas, nos quadris e nas coxas;
-desenvolvimento das mamas.
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola.

Exploração Sexual


Exploração sexual é um termo empregado para nomear práticas sexuais pelas quais o indivíduo obtém lucros. Ocorre principalmente como consequência da pobreza e violência doméstica, que faz jovens, crianças e adolescentes fugirem de seus lares e se refugiarem em locais que os exploram em troca de moradia. Acontece em redes de prostituição, pornografia, tráfico e turismo sexual.

A prostituição é uma prática ilegal que busca oferecer prazeres carnais em troca de recompensa. Apesar de existirem leis que proíbam a indução de pessoas à prostituição com pena de até cinco anos de reclusão, tal prática cresce consideravelmente a cada ano aumentando o mercado e diminuindo as chances de que tais indivíduos que são submetidos às práticas se desenvolvam normalmente em questões morais, psicológicas e ainda intelectuais, pois os estudos e conhecimentos gerais lhes são negados.
A pornografia é um mercado ilegal que utiliza imagens em fotografias ou filmagens de pessoas em cenas que induzem o sexo, são desde eróticas provocativas até de sexo explícito. A utilização de menores nesta prática incentiva a pedofilia que é a exploração sexual de menores. A pornografia é crime perante a lei que pune o explorador com até seis anos de reclusão.
O tráfico é uma rede que exporta pessoas para outras localidades com a intenção de explorá-las sexualmente visando à geração de renda. É uma espécie de escravidão moderna que desenvolve significantemente a indústria do sexo e a distorção dos direitos humanos
O turismo sexual é a exploração de pessoas de um determinado local sofrida por visitantes de outras cidades, estados e países, essa prática tem crescido consideravelmente em locais turísticos que atraem pessoas de outros lugares por suas condições paisagísticas, culturais e/ou de lazer.
Tais práticas são conhecidas desde a antiguidade, a diferença é que antes utilizavam práticas sexuais como rituais de passagem da infância para a vida adulta como questão cultural e não como mercado lucrativo como vivenciamos.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola



Como usar a camisinha masculina


O uso da camisinha, desconsiderando a abstinência sexual, é o único método contraceptivo capaz de prevenir não só a AIDS, mas uma gama de doenças sexualmente transmissíveis; quando utilizada em todas as modalidades sexuais (genital, oral e anal). Assim, compreender como se faz o uso desta é necessário.
Procedimentos de uso:
A camisinha deve ser colocada quando o pênis estiver ereto, antes da penetração. Para tal, é necessário abrir a embalagem, delicadamente, com as mãos.
Importante: Nunca utilizar tesoura, dentes ou outros métodos alternativos, uma vez que podem rasgar o preservativo, inutilizando-o.
Após a retirada da embalagem, colocar a camisinha sobre o pênis, sem deixar que entre ar. Como medida de segurança, pressione ou dê uma leve torcida na ponta desta com uma mão; enquanto desenrola a camisinha com a outra mão. O preservativo deve cobrir todo o comprimento do pênis, até sua base (próximo aos pelos).
Importante: também é necessário evitar a entrada de ar enquanto desenrola a camisinha no pênis, já que este propicia seu rompimento. Caso ocorra, deverá ser feita a substituição.
Após a ejaculação, o preservativo deve ser retirado pela borda, com o pênis ainda ereto. Embrulhe-a em papel higiênico, e descarte o material no lixo.
Importante: dar um nó na abertura da camisinha evita a possível contaminação do lixo, protegendo o ambiente e pessoas que poderão manuseá-lo. Além disso, a camisinha não deve ser jogada no vaso sanitário, pois poderá entupi-lo.
Também vale lembrar:
- Abrir a embalagem somente quando for utilizá-la.
- Não utilize mais de uma vez a mesma camisinha.
- Existem no mercado várias marcas de preservativos que contém espermicida, potencializando ainda mais o efeito contraceptivo desses.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Como usar a camisinha feminina

A camisinha feminina foi lançada em nosso país em 1997. Tal como o preservativo masculino, impede a gravidez e incidência de AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis. Deve ser utilizada antes da penetração, tendo a vantagem de poder ser colocada em até oito horas antes do ato sexual, inclusive durante o período menstrual. Além disso, por ser de poliuretano, é mais resistente, mais fina, hipoalergênica e inodora; sem contar que já vem lubrificada.
Ela possui o formato de tubo, com aproximadamente 17 centímetros de comprimento e 8 de diâmetro. Além disso, contém um anel em cada extremidade. Um destes ficará no fundo da vagina e outro, vazado, do lado de fora, cobrindo a vulva.
Confira as instruções de uso:
Escolha uma camisinha de qualidade, não se esquecendo de conferir a data de validade. Abra a embalagem com as mãos e verifique sua integridade.
Importante: Nunca utilizar tesoura, dentes ou outros métodos alternativos, uma vez que podem rasgar o preservativo, inutilizando-o.
A camisinha deve ser segurada com o anel externo (vazado) para baixo. Aperte o anel interno (menor), com o polegar e o indicador, formando um “8”:
Escolha uma posição confortável e introduza a extremidade menor na vagina, deixando cerca de três centímetros do anel aberto para fora desta.
Empurre a camisinha para dentro, o mais fundo possível, a fim de cobrir o colo do útero. Caso sinta algum incômodo, ajuste-o, internamente, com o dedo.
Importante: ao contrário da camisinha masculina, a feminina não precisa ser “desenrolada”.
Após essas etapas, já é possível a introdução no pênis na vagina. Deve-se tomar o cuidado de que este fique dentro da camisinha.
Findada a relação, torça o anel externo e retire a camisinha, puxando-a delicadamente. Ela deve ser embrulhada em um papel, e jogada no lixo.
Importante: torcer o anel externo evita a possível contaminação do lixo, protegendo o ambiente e pessoas que poderão manuseá-lo. Além disso, a camisinha não deve ser jogada no vaso sanitário, pois poderá entupi-lo.
Também vale lembrar:
-Abrir a embalagem somente quando for utilizá-la.
-Não utilize mais de uma vez a mesma camisinha.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola



Dia Fértil

O período correspondente à ovulação é chamado de período fértil, ocorrendo aproximadamente catorze dias após o primeiro dia da última menstruação, em mulheres cujo ciclo menstrual é de 28 dias. É neste momento que a mulher está mais propensa a engravidar, já que é liberado pelo ovário um ou mais óvulos para serem fecundados pelos espermatozoides
É baseado neste princípio que o método da tabelinha é feito
Entretanto, mesmo em pessoas de ciclo completamente regulado, não há como prever se a ovulação ocorrerá exatamente neste momento. Assim, caso deseje (ou não) engravidar, pode ser importante que a mulher também se atente a alguns sinais que o organismo aponta
Um deles é a temperatura. Quando ovulamos, há um aumento da progesterona na corrente sanguínea, elevando a temperatura em torno de 0,2 a 0,5 graus. Considerando este fato, ao fazer esta medida diariamente, e no mesmo horário, é fácil notar tal alteração. Geralmente este aumento se inicia dois ou três dias antes da ovulação, voltando novamente a seu valor normal após o início do sangramento. Outro indício está relacionado ao muco cervical. Nesta época, ele tende a ser mais espesso, claro, cristalino e elástico; indicando a produção de estrogênio
Assim, o período compreendido entre esses eventos e os próximos três dias são os mais propícios para que ocorra uma gravidez. Considerando que o espermatozoide pode sobreviver por até aproximadamente três dias no corpo da mulher, relações sexuais alguns dias antes deste momento também propiciam uma futura gestação.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Androginia

Androginia é uma mistura de sexos onde um indivíduo reúne o sexo feminino e o masculino em si. Tal comportamento que hoje gera tanta polêmica utilizou exemplos bastante conhecidos como as figuras divinas andróginas de grandes civilizações que não possuíam seu sexo definido para representar o oposto entre esses. Acredita-se que Eros, deus grego e filho de Zeus e Afrodite, possuía os dois sexos, por exemplo.
Também na Antiguidade, pode-se perceber na mitologia a citação desse comportamento. Conta que havia três seres (Andros, Gynos e Androgynos) e desses originaram os homossexuais, os heterossexuais e as lésbicas por causa da atitude de Zeus em dividi-los ao meio para retirar deles um pouco de sua força. A partir dessa divisão os seres que foram formados unicamente masculinos buscavam sua metade feminina retirada por Zeus, os seres formados unicamente femininos buscavam sua metade masculina e os seres formados com características femininas e masculinas buscavam a metade feminina e masculina que lhe foi retirada com o propósito de voltar a ser como eram antes da divisão feita por Zeus.
Pessoas andróginas encontram características tanto femininas como masculinas em seus comportamentos e em coisas que as atraem, o que as fazem pessoas de sexo híbrido, ou seja, de sexo misturado. Ser andrógino não significa ser homossexual, heterossexual ou bissexual, significa que um indivíduo pode realizar suas vontades independentes da relação que possui com o sexo. Por exemplo, um indivíduo pode ter atração física pelo sexo oposto e ter anseios por acessórios desse, o que não o torna homossexual e nem mesmo um louco.
Alguns psicólogos que pesquisam tal disforia de gênero, dizem que tais indivíduos possuem altos valores de Q.I. e uma grande percepção relacionada ao comportamento humano. É importante ressaltar que tal comportamento não é doença, consequentemente não há cura.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola
  
Fonte:
http://www.brasilescola.com/sexualidade

sábado, 28 de agosto de 2010

Drogas



O que leva uma pessoa a usar drogas?

Pesquisas recentes apontam que os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas são: curiosidade, influência de amigos (mais comum), vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas familiares), coragem (para tomar uma atitude que sem o uso de tais substâncias não tomaria), dificuldade em enfrentar e/ou aguentar situações difíceis, hábito, dependência (comum), rituais, busca por sensações de prazer, tornar (-se) calmo, servir de estimulantes, facilidades de acesso e obtenção e etc.


Crack
O crack deriva da planta de coca, é resultante da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, resultando em grãos que são fumados em cachimbos.
O surgimento do crack se deu no início da década de 80, o que possibilitou seu fumo foi a criação da base de coca batizada como livre.
O consumo do crack é maior que o da cocaína, pois é mais barato e seus efeitos duram menos. Por ser estimulante, ocasiona dependência física e, posteriormente, a morte por sua terrível ação sobre o sistema nervoso central e cardíaco.
Devido à sua ação sobre o sistema nervoso central, o crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, maior aptidão física e mental. Os efeitos psicológicos são euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima.

A dependência se constitui em pouco tempo no organismo. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais.
Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

                   

                   Cocaína

              
A cocaína é uma droga psicoativa que estimula e vicia, promovendo alterações cerebrais bastante significativas. A mesma é extraída da folha da coca, e se consumida por muito tempo, ocasiona danos cerebrais e diversos outros problemas de saúde.
A droga é originária da planta Erythroxylon coca, nativa da Bolívia e do Peru. A mesma pode ser utilizada via intranasal, intravenosa e pulmonar, também podendo, em casos mais raros, ser usada via oral.
Devido aos efeitos de euforia e prazer que a cocaína proporciona, as pessoas são seduzidas a utilizá-la para vivenciar sensações de poder, entretanto tais efeitos têm pouca duração. Logo o indivíduo entra em contato com a realidade, aspecto que desperta uma grande ansiedade em poder utilizá-la novamente.

Aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, dilatação da pupila, elevação ou diminuição da pressão sanguínea, calafrios, náuseas, vômitos, perda de peso e apetite são alguns dos efeitos biológicos da cocaína.
Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

                   Maconha

Em 1735, o  botânico Carl Lineu nomeou a Maconha como Cannabis sativa. A mesma foi chamada de Cannabis indica, pelo biólogo francês, Jean Baptiste Lamarck.
Assim como outras plantas, a maconha possui dois gêneros: macho e fêmea. Em um mesmo pé pode ter ambas as estruturas sexuais. É a flor do macho que produz o pólen que fecunda a fêmea, quando a flor da fêmea é fecundada ela se enche de sementes e depois morre.
Quando não ocorre fecundação da fêmea, essa excreta uma grande quantidade de resina pegajosa composta por dezenas de substâncias diferentes. Dentre as várias substâncias, existe a THC (delta-9-tetrahidrocanabinol) que serve de filtro solar para a planta, pois essa é de clima desértico. Apesar do THC estar presente em toda a planta é na flor da fêmea que se encontra a maior concentração da substância. A real droga da maconha é essa flor.
O THC tem uma propriedade bem curiosa, gruda em algumas moléculas das paredes dos neurônios de animais, até mesmo do homem, tais moléculas são conhecidas como receptores de canabinóides, quando ocorre a ligação o receptor opera sutis mudanças químicas dentro da célula, mas não se sabe dizer ao certo quais são elas. Em 1992, o pesquisador israelense Ralph Mechoulam descobriu o motivo pelo qual temos tal receptor. O receptor serve para ligar-se à outra molécula, a mesma fabricada pelo próprio cérebro, muito semelhante ao THC. A molécula foi batizada por Rauph de anandamida (ananda, em sânscrito, significa “felicidade”). Enfim, o cérebro produz uma substância com efeitos parecidos com os do THC, em doses bem menores.
Não se sabe qual a finalidade da anandamida no cérebro, mas está relacionada ao controle da dor. Pelo fato de haver receptores de canabinóides em células fora do cérebro, leva a pensar que a anandamida desempenha um papel mais abrangente do que parece.
Além das formas de uso mais conhecidas há uma especial, a do cânhamo, que é utilizado na produção de tecidos. Supostamente foi pelo fato de Cristóvão Colombo usar tecidos derivantes do cânhamo em suas velas e cordas, assim, juntamente com as embarcações as sementes da maconha também vieram. A idéia era de plantar as sementes, pois se tivesse que ser feita alguma reparação nas velas e cordas, eles teriam o material. Enquanto a maconha era utilizada por pessoas mais pobres, ela não causava tanto medo, repúdio e preconceito. Porém, quando as pessoas de classe média começaram a fazer o uso da droga, surgiu um motivo de preocupação.
Há indícios de que há muitos anos a maconha se faz presente em quase todo o mundo, sua disseminação se deu através de viajantes, esses levavam sementes da maconha, desse modo essa se fazia presente em quase todos os continentes. Por muitos anos a maconha foi considerada legal, sua ilegalidade em vários países, incluindo o Brasil, se deu por volta do século XX. Mas ainda existem países onde a maconha é legal, em outros ela é comercializada unicamente como remédio (auxiliando pacientes no tratamento de doenças, controlando a dor).
No Brasil, a maconha se faz tão presente por existir muitas áreas sem qualquer tipo de vigilância. Com isso fica mais fácil o escoamento da droga. Durante um bom tempo a maconha era comercializada com um preço insignificante. Vários países tentaram mais nenhum conseguiu erradicar a maconha de seu território. A maconha é conhecida em muitos países como “marijuana”. Há boatos de que as tropas revolucionárias de Pancho Villa que chacoalharam as estruturas do poder em 1910, eram adeptos de um baseado no intervalo das batalhas; assim surgiram os conhecidos versos: La cucaracha/ la cucaracha/ ya no puede caminar/ Porque no tiene/ Porque le falta/ marijuana que fumar, atribuídos à Villa.
O efeito causado pela maconha em pessoas que a fuma é variado. Para evitar problemas relacionados à saúde física e mental, é recomendável que a pessoa não faça o uso de drogas (no caso em questão a cannabis), pois pode agravar os problemas relacionados à saúde.

Principais efeitos

Os efeitos causados pelo consumo da maconha, bem como a sua intensidade, são os mais variáveis e estão intimamente ligados à dose utilizada, concentração de THC na erva consumida e reação do organismo do consumidor com a presença da droga.
Os efeitos físicos mais freqüentes são avermelhamento dos olhos, ressecamento da boca e taquicardia (elevação dos batimentos cardíacos, que sobem de 60 - 80 para 120 - 140 batidas por minuto).
Com o uso contínuo, alguns órgãos, como o pulmão, passam a ser afetados. Devido à contínua exposição com a fumaça tóxica da droga, o sistema respiratório do usuário começa a apresentar problemas como bronquite e perda da capacidade respiratória. Além disso, por absorver uma quantidade considerável de alcatrão presente na fumaça de maconha, os usuários da droga estão mais sujeitos a desenvolver o câncer de pulmão.
O consumo da maconha também diminui a produção de testosterona. A testosterona é um hormônio masculino responsável, entre outras coisas, pela produção de espermatozóides. Portanto, com a diminuição da quantidade de testosterona, o homem que consome continuamente maconha apresenta uma capacidade reprodutiva menor.
Os efeitos psíquicos são os mais variados, a sua manifestação depende do organismo e das características da erva consumida. As sensações mais comuns são bem-estar inicial, relaxamento, calma e vontade de rir. Pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta de atenção.
Em longo prazo o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano.
Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola

                   Boa Noite Cinderela


O boa noite cinderela, também conhecido por “rape drugs” (drogas de estupro), é o nome dado a um golpe no qual um sujeito – geralmente simpático e de boa aparência - coloca, juntamente à bebida de outro, um coquetel de drogas capaz de deixar este vulnerável o suficiente para ser roubado e/ou violentado sexualmente.
Algumas destas drogas são o Lorax, Lexotan, GHB (ácido gama-hidroxibutírico), Ketamina (Special K) e Rohypnol (Flunitrazepam): depressoras do sistema nervoso central. Encontradas, geralmente, na forma de comprimidos ou gotas, ao serem ministradas juntamente com bebidas alcoólicas alteram o nível de consciência, por até três dias, e podem causar intoxicação ou morte por desidratação. Por se dissolverem facilmente; e serem incolores e inodoras, identificar um copo que recebeu tais doses é tarefa quase impossível.
De ocorrência relativamente frequente, este golpe ocorre geralmente em festas, boates, bares e praia; fornecendo como efeitos iniciais os mesmos que o álcool proporciona. Em um segundo momento, o indivíduo sente-se sonolento e com dificuldades de reagir a ameaças físicas e/ou psicológicas, obedecendo basicamente a todos os comandos ditados pelo golpista.

Devido ao constrangimento das vítimas e também à falta de clareza quanto à sucessão dos fatos, poucas são as pessoas que registram queixas relacionadas a este golpe em delegacias de polícia. Assim, as estatísticas são subestimadas, e a ação da polícia é restrita.
Para evitar ser vítima deste tipo de crime, tenha cautela: não leve desconhecidos até sua casa, não aceite bebidas de estranhos, e não descuide de seu copo!
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

                   O doping e o mito do herói


É bastante comum olhar um atleta de alto nível como um herói, até mesmo porque a mídia televisiva esportiva costuma tratá-lo assim. Para essa mídia brasileira, o atleta é um herói porque em geral ele é mal pago, porque os treinamentos são muito rigorosos e porque ele representa o nosso país. E ele é ainda mais herói quando é pobre no começo de sua carreia, e esse é um fato importante: em um país guiado por uma ideologia liberal, baseada no princípio do vencedor, o perdedor não tem lugar. E uma pessoa de classe baixa que vence na vida pelo seu próprio esforço, ao ponto de representar o país, é vestida com honrarias e reconhecida fatalmente como heroína.
O fato de muitos atletas terem sido premiados com o manto nobre do herói e depois terem sido pegos em exames antidoping costuma chocar o público. Choca, porque um herói que se preze seria um campeão por natureza, sem precisar de auxílio químico. Alguns casos de doping no esporte ficaram bastante famosos, como é o caso de Ben Johnson, que teve sua medalha de ouro cassada nos Jogos Olímpicos de Seul, e da americana Marion Jones, que ganhou cinco medalhas em Sidney.
Não é o caso, aqui, de discutir se os atletas realmente ingeriram substâncias não permitidas pelo comitê ou se foi um engano. Isso não importa. O que importa é que o atleta é um ser humano que busca a superação do seu corpo diariamente, e como tal, às vezes encontra no doping um meio de se manter no auge do seu esporte. Em todo caso é preciso entender o que é doping. Bem, doping é qualquer alteração, incentivada por meios não naturais, que ocorre no funcionamento do organismo em prol de melhorar o rendimento em determinada atividade física. Ao contrário do que parece, o doping não é uma prática moderna: desde 2000 a.C., os chineses já usavam substâncias que, quando mastigadas, tinham um efeito estimulante e, mais tarde, nas Olimpíadas antigas, era comum o uso entre os atletas de uma miscelânea de plantas, cujo principal ingrediente era um cogumelo, que surtia efeitos alucinógenos. Talvez, o caso mais chocante de doping tenha ocorrido na antiga Alemanha Oriental entre as décadas de 1970 e 1980: engravidavam-se as atletas de modo que elas chegavam à competição grávidas de dois a três meses. Nesse período, o organismo da mulher aumenta naturalmente a sua taxa de hemoglobina, fazendo com que aumente a sua capacidade aeróbia. Após a prova, as atletas passavam por abortos e voltavam aos seus treinamentos.
Porém foi já antes disso, na década de 1960, que o Comitê Olímpico Internacional (COI) juntamente com a UNESCO inciaram um programa sistematizado de combate ao doping, elaborando uma legislação apropriada e, consequentemente, punições também apropriadas. Em geral, costuma-se classificar o doping em três tipos diferentes:
1. Doping pré-competitivo é aquele que tende a preparar o atleta para a competição. Os mais usados são diuréticos, transfusões de sangue, esteroides anabolizantes e hormônio de crescimento;
2. Doping durante a competição: São aquelas substâncias que, quando assimiladas em momentos próximos à competição, melhoram o rendimento do atleta. São elas: calmantes, estimulantes e analgésicos.
3. Doping pós-competitivo: Os diuréticos são bastante utilizados nesse caso, cujos motivos podem ser a perda rápida de peso ou a eliminação da ingestão de outro tipo de doping competitivo ou pré-competitivo.
O combate ao doping tem um problema: o de que a tecnologia de dopar um atleta está sempre à frente do seu sistema de detecção. Isso nos leva a pensar que muitos atletas que vemos como heróis são humanos. Humanos ao ponto de optarem pelo uso do doping para atingir e manter o seu reinado. Será que o corpo humano já não atingiu o seu limite?
Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo – USP

                   Cola de sapateiro


A cola de sapateiro é uma droga pertencente ao grupo dos inalantes, uma vez que é utilizada dessa forma, com absorção pulmonar. Segundo pesquisa feita pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, é a quarta droga mais consumida em nosso país, depois do tabaco, álcool e maconha.
Composta por diversas substâncias, como o tolueno e n-hexana, proporciona sensações de excitação, além de alucinações auditivas e visuais que, em contrapartida, são acompanhadas de tontura, náuseas, espirros, tosse, salivação e fotofobia. Tais efeitos são bastante rápidos, levando o indivíduo a inalar novamente.
Seu uso constante desencadeia em desorientação, falta de memória, confusão mental, alucinação, perda de autocontrole, visão dupla, palidez, movimento involuntário do globo ocular, irritação das mucosas, paralisia, lesões cardíacas, pulmonares e hepáticas, dentre outros; podendo desencadear em convulsões, inconsciência, e até mesmo morte súbita. Isso acontece porque tais substâncias provocam a destruição de neurônios e nervos periféricos, além de ser consideravelmente irritantes.

Sendo facilmente encontrada, também possui baixo custo, facilitando seu uso, por exemplo, por meninos e meninas de rua e estudantes. Assim, é um sério problema de saúde pública, inclusive considerando que atos infracionais cometidos por adolescentes sob efeito desta droga são superiores aos demais.
Diante destes fatos, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu a Resolução RDC nº 345, de 15 de dezembro de 2005, que proíbe a comercialização de substâncias inalantes que afetam o sistema nervoso central a menores de idade. Este órgão também exige, neste documento, que as embalagens de tal produto contenham número de controle, individual e sequencial; e que o vendedor preencha, no ato da compra, os dados pessoais do comprador, com sua respectiva assinatura. Além disso, esta resolução define inscrições relacionadas à toxidade que deve conter em tais embalagens.
Por Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Equipe Brasil Escola

                   Ecstasy



O ecstasy é uma substância psicoativa designada como 3,4 metilenodioximetanfetamina. Foi sintetizada pela empresa Merck em 1914, e é chamada droga de recreio ou de desenho, pois possui ação estimulante e alucinógena.
É consumido injetado, inalado, e por via oral. Apresenta-se em forma de pastilhas, comprimidos, barras, cápsulas ou pó.
O ecstasy, a nível cerebral, age aumentando a produção e a diminuição da reabsorção da serotonina, dopamina e noradrenalina. Seus efeitos surgem após vinte e setenta minutos, atingindo estabilidade em duas horas, pode agrupar efeitos da cannabis, das anfetaminas e do álcool.
Os efeitos físicos são taquicardia, aumento da pressão sanguínea, secura da boca, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, dificuldade em caminhar, reflexos exaltados, vontade de urinar, tremores, transpiração, câimbras ou dores musculares.
Quanto aos efeitos psíquicos, o ecstasy ocasiona sensação de intimidade e de proximidade com outras pessoas, aumento da comunicação, da sensualidade, euforia, despreocupação, autoconfiança e perda da noção de espaço.
Em longo prazo podem ocorrer alguns efeitos tais como lesões celulares irreversíveis, depressão, paranóia, alucinação, despersonalização, ataques de pânico, perda do autocontrole, impulsividade, dificuldade de memória e de tomar decisões.
Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola 

                   Cafeína


A cafeína é um composto químico, classificado como alcalóide, pertencente ao grupo das xantinas, além de atuar sobre o sistema nervoso central, aumenta a produção de suco gástrico, decorrente da alteração metabólica ocasionada pela mesma. Devido ao estímulo do sistema nervoso, a cafeína favorece o estado de alerta.
A cafeína é a droga mais consumida no mundo e é encontrada em uma grande quantidade de alimentos, como chocolate, café, guaraná, cola, cacau e chá-mate, é possível encontrá-la também em alguns analgésicos e inibidores de apetite. O valor nutricional da cafeína está ligado apenas ao efeito excitante.
Em excesso, a cafeína pode ocasionar alguns sintomas como irritabilidade, agitação, ansiedade, dor de cabeça e insônia.
Devido ao estímulo acima mencionado que esta droga proporciona alguns efeitos comprovados, como aumento da atenção mental, aumento da concentração, melhoria do humor, diminuição da fadiga.

Segundo estudos dez gramas, em média, de cafeína é uma dose letal para o homem, e em uma xícara de café são encontrados cem miligramas de cafeína.
Apesar de ser utilizada para solucionar problemas cardíacos, ajudar pessoas com depressão nervosa decorrente do uso de álcool, ópio, a cafeína é uma droga que causa dependência física e psicológica, uma vez que para estimular o cérebro utiliza os mesmos mecanismos das anfetaminas, cocaína e heroína. Os efeitos da cafeína são mais leves, porém manipula os mesmos canais do cérebro, uma das razões que pode levar as pessoas ao vício.
Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola

A força do cigarro no organismo


Por longos e longos anos as pessoas foram ensinadas que o cigarro somente provocaria reações no organismo após um grande período de uso, porém estudos recentes desmentem tais ensinamentos e assustadoramente mostram a real força do cigarro no organismo. Este, composto por tabaco seco enrolado por um fino papel que se queima após ser aceso, provoca rápidas reações no corpo do homem.

 Segundo estudiosos, cerca de 10% dos fumantes que colocam o primeiro cigarro na boca já apresentam reações significativas no organismo que provocam a dependência por um período de até dois dias depois, idéia que se aplicava somente aos fumantes de longa data. O curioso é que um cigarro consegue suprir, em fumantes iniciantes, a necessidade do organismo em relação à droga por até uma semana, o que não acontece com fumantes de longa data.

Intrigantemente, a nicotina presente em um só cigarro consegue aumentar a produção de hormônios receptores no lobo frontal do cérebro, no hipocampo e no cerebelo que envolve a memória a longo prazo. Dessa forma, dois dias após ter fumado um único cigarro um indivíduo passa a ter necessidades da droga no organismo. A manifestação da dependência à droga ocorre por causa das adaptações que o organismo faz para recebê-la na busca por manter seu equilíbrio químico e funcional.

Com o decorrer do tempo, as pessoas tendem a necessitar de um novo cigarro em um curto período, ou seja, em um prazo de duas horas o organismo já deixa o indivíduo inquieto, irritado e ansioso fazendo com que busque a calmaria no cigarro.

Deixar de fumar não é fácil. Segundo pesquisas, somente 3% dos fumantes conseguem abandonar o vício e o restante pode até conseguir parar durante um período, mas após esse volta a fumar. Acredita-se que a melhor forma para abandonar o vício é deixá-lo de uma só vez e não gradualmente como muitos fazem.
Por Gabriela Cabral

Equipe Brasil Escola

                   Droga Natural

Drogas naturais são aquelas que não são produzidas em laboratório e que provocam efeitos alucinógenos de uma forma natural, sem a composição de produtos químicos. Esses tipos de drogas se diferem das drogas sintéticas, que são produzidas através de meios químicos. Os principais exemplos de drogas naturais são:

- Ópio: Extraído dos frutos da papoula, possui uma potente ação analgésica e depressora sobre o Sistema Nervoso Central;
- Maconha: Extraída das plantas da espécie Cannabis sativa, é uma das mais comuns drogas da atualidade.

                   Cogumelos

Os cogumelos são usados há milhares de anos como alucinógenos. O grau de alucinação e de efeito dos cogumelos depende do organismo de cada pessoa. Não causa dependência e nem síndrome de abstinência. Existem vários tipos de cogumelos usados entre eles:

 Amanita Muscaria_ Possui dois tipos de alucinógenos sendo muscimol e ácido ibotêmico. Esses alucinógenos estimulam os neurotransmissores GABA no sistema nervoso central. Seus primeiros efeitos são desorientação, sono, falta de coordenação. Posteriormente ocorre euforia intensa, falta de noção de tempo, alucinações visuais e alterações de humor como a fúria, por exemplo. Se usado em grande quantidade pode causar intoxicação e em alguns casos pode ser letal.
Psilocybe Cubensis_ Estimula os receptores de acetilcolina situados no cérebro e no sistema nervoso. Seu uso provoca salivação, perda de controle da urina e das fezes, lacrimejamento, cólicas, náuseas, vômitos, queda do ritmo cardíaco e da pressão arterial. Seus alucinógenos são semelhantes ao LSD e provoca euforia, sonolência, visão obscura, pupila dilatada entre outros e seu efeito dura em torno de três horas.
Alcool
O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas apareceram depois, com o processo de destilação.

Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela sociedade, este é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento.
Quando consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde, pois este excesso está inteiramente ligado a acidentes de trânsito, violência e alcoolismo (quadro de dependência).

Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos e estômago.
Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da abstinência, caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.
Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola

                   Overdose

Superdose, dose excessiva ou, simplesmente, overdose é o termo utilizado para se referir ao consumo de determinadas drogas ou medicamentos maior do que o corpo é capaz de metabolizar. Podendo ser provocada ou acidental, o acúmulo destas substâncias no organismo causa um quadro de intoxicação, desencadeando em morte em um número considerável de casos.

Heroína, crack e cocaína são as drogas ilícitas que mais causam esse tipo de intoxicação; embora se saiba que o abuso de medicamentos - inclusive mediante receita médica - superam tais valores, sendo um sério problema de saúde pública. Por ser uma droga legal e de fácil acesso, o álcool também é um grande vilão, principalmente se associado a determinados fármacos, como tranquilizantes. Alterações no ritmo cardíaco e respiratório, mudanças no nível de consciência, dor no peito, falta de ar, vômito com sangue, dentre outros, são alguns de seus sintomas.

Em caso de overdose, o indivíduo necessitará de atendimento médico o mais rápido possível; sendo importante procurar informações relativas à qual substância foi usada, sua quantidade e quando foi consumida. Exceto água, nada deve ser dado à pessoa, e vômitos não devem ser provocados.

De acordo com a droga em questão, o tratamento será feito. Em casos de ingestão, por exemplo, lavagens estomacais e a ingestão de carvão ativado, a fim de impedir a absorção da substância pelo estômago e/ou intestino, podem ser necessários. Em muitos casos, o paciente passa por avaliação psiquiátrica, podendo ser encaminhado para este tipo de tratamento.
Por Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Equipe Brasil Escola


Inalantes

Os inalantes são substâncias aspiradas pelo nariz ou pela boca que podem ser produzidas a partir de diferentes princípios ativos que induzem o organismo a produzir modificações alucinógenas e depressoras. Para a produção dessas substâncias são utilizados solventes juntamente com aerossóis, gasolina, colas, esmaltes, tintas, acetonas, éter, ambientadores, vernizes, fluído de isqueiro, spray para cabelos e muitos outros.
Com o intuito de obter excitação e euforia as pessoas utilizam os inalantes. Esses, também podem gerar efeitos inesperados e indesejáveis de diferentes formas, já que sua composição é bastante variada. Em geral, provocam agressividade, sonolência, confusão, perda do autocontrole, impulsividade, inquietação, perda da coordenação motora, vertigem, distorção do tempo e das cores, fraqueza muscular, tremores, delírios, podendo, em alguns casos, ocorrer paralisia dos nervos cranianos e periféricos, perda de consciência, lesão cardíaca e no fígado, coma, convulsões e outros.

 Os inalantes são substâncias que promovem a dependência de quem os utiliza, bem como a síndrome da abstinência que normalmente dura dois meses. A síndrome pode ser caracterizada pelos efeitos que ocorre, como ansiedade, depressão, agitação, perda de apetite, irritação, agressividade, náuseas, tremores e tonturas. Após a conscientização do usuário sobre o seu problema, esse deve procurar auxílio médico para que o melhor procedimento para a recuperação seja realizado. Existem vários tipos de tratamento para o usuário de inalantes, mas esses tratamentos devem ser aplicados por profissionais especializados na área.
Por Gabriela Cabral


 Equipe Brasil Escola

                   Cigarro

Há pelo menos dez mil anos antes de Cristo, índios da América Central já utilizavam o tabaco em forma de cigarro em rituais religiosos. Já em nosso país, relatos mais antigos apontam que, em 1556, o capelão da primeira expedição francesa ao nosso país observou esta prática entre os tupinambás.

O cigarro começou a ser fabricado a partir de 1840 e, quarenta anos depois, foi criada uma máquina capaz de enrolar um grande número de cigarros por minuto, propiciando a sua popularização. Apesar de visível, o fato de que este provoca dependência e seu uso pode desencadear em uma gama de doenças foi reconhecido somente em meados do século vinte.

Atualmente, são aproximadamente 1,2 bilhão de fumantes em todo o mundo, sendo que 38 milhões destes vivem no Brasil.

Uma das mais de 4500 substâncias que um único cigarro contém – a nicotina – interage com receptores neurais, que liberam substâncias como a dopamina, acetilcolina, serotonina e betaendorfina, conferindo uma sensação de prazer imediata.

Mais viciante que drogas como o álcool, cocaína, crack e morfina; a nicotina atinge o cérebro em até vinte segundos: tempo bem mais rápido que o princípio ativo de qualquer outra destas drogas. Assim, a probabilidade de um indivíduo se tornar dependente da nicotina é muito alta, com crise de abstinência bastante incômoda, que geralmente se inicia minutos depois do último trago, sendo as grandes responsáveis pela dificuldade de um fumante em interromper o uso do cigarro. Esta situação é tão séria, e triste, que não é raro vermos pacientes fumantes em estágio terminal, implorando desesperadamente por mais um trago.

Gás carbônico, monóxido de carbono, amônia, benzeno, tolueno, alcatrão, ácido fórmico, ácido acético, chumbo, cádmio, zinco, níquel dentre muitas outras substâncias são encontradas no cigarro. Estas são responsáveis pelo aumento dos riscos que estes indivíduos têm de desenvolver problemas de saúde como cânceres, doenças coronarianas, má circulação sanguínea, enfisema pulmonar, bronquite crônica, derrames cerebrais, úlceras, osteoporose, impotência, catarata.

Como algumas destas são liberadas no ar, juntamente com a fumaça, pessoas que convivem com fumantes estão também sujeitas. Há também a tromboangeíte obliterante, doença de ocorrência única entre fumantes, e que obstrui as artérias das extremidades e provoca necrose dos tecidos.

Além disso, o cigarro é considerado o maior poluente de ambientes domiciliares; é responsável pela derrubada de árvores e queimadas em prol do plantio do fumo e fabricação de lenha para abastecimento de fornalhas para o ressecamento das folhas; contamina os solos pelo uso de agrotóxicos; e é o causador de inúmeras queimadas, graças ao descarte indevido de suas bitucas.

Diante destes fatos, não é de se admirar que o cigarro seja considerado um dos maiores problemas de saúde pública (e ambiental) que nossa sociedade enfrenta na atualidade.
Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Equipe Brasil Escola

Fonte: www.brasilescola.com/drogas/