sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Saúde na Escola



Lygia Luiza Schmal Moreira 1
Isa Maria Bezerra de Queiroz 2
A vida moderna vem exigindo que as áreas sociais desenvolvam programas e projetos compatíveis com as exigências e necessidades da população brasileira. Esta preocupação permanente com os cenários e as diversificadas formas de se investir na promoção da saúde constitui-se em uma das estratégias que fundamentam a ação coletiva que se construirá a cada dia, conforme o ambiente e estrutura de cada comunidade, quer seja na família, nos grupos comunitários, na educação, nas unidades de saúde e no trabalho.
Sob esta ótica está se estruturando um painel que vem colocando os profissionais de saúde e os educadores frente a novos desafios no desenvolvimento de ações educativas em saúde. Em um mundo globalizado e em permanente transformação, observa-se a existência emergente de uma educação, de uma ética e de uma cultura voltadas para a diversidade - afinal, vive-se o tempo de uma sociedade multicultural cuja diferença é a essência, e, por isso, faz-se necessário que as pessoas sejam capazes de reconhecer tais diferenças e respeitá-las. Este cenário requer a integração de ações de saúde e educação, bem como a adoção de novas posturas e formas de atuação profissional que encontram, na escola, um ambiente propício e desafiador. No espaço escolar, a criatividade é fundamental para que professores, alunos e comunidade apreendam juntos o sentido da vida e do mundo. Nesta direção, o entendimento das diferenças existentes e a criação de um ambiente favorável à convivência, em que os conflitos poderão ser trabalhados, requer o conhecimento da realidade e do cotidiano do aluno, do professor e da comunidade.
A articulação do saber, do conhecimento, da vivência diária com a comunidade, traduzida na prática de uma ação escolar coletiva e solidária, leva crianças, adolescentes e adultos a terem uma experiência rica no contexto escolar.
Na idade escolar - uma fase importante para o desenvolvimento humano - é fundamental que sejam implementadas estratégias de ação voltadas para a saúde no sentido de promover a auto-estima, o desenvolvimento de habilidades e de comportamentos saudáveis.
Com os desafios existentes na área de saúde, especialmente no enfrentamento dos problemas que afetam a população e que estão relacionados com uma melhor qualidade de vida, torna-se necessário que novos conceitos e paradigmas sejam abordados mediante a proposição de novas estratégias.
Recorremos a Paulo Buss, 1998, que enfatiza a importância da atenção à saúde da criança que deve "ter sempre como eixo o crescimento e desenvolvimento desse sujeito, que lhe confere a especificidade e a vulnerabilidade próprias. Dessa forma, a atenção à saúde para essa idade da vida deve ter como foco estratégias que concorram não somente para a superação dos danos físicos, mas que ao enfrentarem também seus determinantes propiciem o cuidado integral". Portanto, é estratégico que crianças, adolescentes e adultos comecem a desenvolver suas relações com a saúde, direcionando ações e atividades vinculadas aos espaços da vida cotidiana e à organização de conteúdos voltados para o atendimento das demandas destes atores.
As relações espaciais - a família, a escola, a comunidade e os serviços de saúde - sempre identificadas com as condições sociais e os diferentes estilos de vida - são importantes para o crescimento e desenvolvimento de aptidões para se viver com saúde. Ainda, conforme Paulo Buss, os seguintes assuntos merecem ser abordados com freqüência pela escola: "crescimento e desenvolvimento, educação em saúde, hábitos e vida saudável, arte/lazer/exercícios físicos, alimentação/vigilância nutricional, controle das condições sanitárias de moradia e da escola, violência, educação para o trânsito, saúde oral, saúde sexual, saúde reprodutiva, saúde mental, imunização, prevenção de dependência química, prevenção de DST/AIDS, controle de acuidade visual e auditiva, controle de doenças respiratórias, infecciosas e parasitárias."
Experiências pedagógicas de educação em saúde vêm sendo assinaladas em todo o país. As dimensões dos problemas sociais se multiplicam e a intervenção compartilhada entre os segmentos sociais e as forças vivas da comunidade se constroem lentamente, não sendo possível alcançar, em curto espaço de tempo, solução para esses problemas. Entre essas experiências consideram-se como válidas aquelas que implementam a promoção da saúde. No caso da escola, a implementação de ações de promoção da saúde está comprometida com a melhoria dos padrões de vida das crianças, adolescentes, adultos e da comunidade em geral.
Promover saúde na escola significa, por exemplo, atentar para questões relacionadas à gravidez na adolescência; à incidência de doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, decorrentes de uma atividade sexual que se inicia cada vez mais cedo e sem a devida proteção; aos hábitos alimentares e à adoção da atividade física; aos acidentes e à violência. Promover saúde na escola, neste sentido, implicará, portanto, o desenvolvimento de ações em consonância com as aspirações sociais e as necessidades emergenciais da comunidade onde está inserida.


Escola como ambiente saudável


Profissionais e especialistas de diversas áreas têm se preocupado com a situação das comunidades onde vivem as pessoas e têm procurado contribuir para a qualidade de vida de todos os cidadãos de uma comunidade, onde a responsabilidade é compartilhada entre os vários atores sociais que a compõem e onde a ação coletiva traduz-se numa visão integral do ser humano em suas essências física, mental e social.
Neste cenário, é fundamental a vinculação dessa ação com a construção da cidadania e com a administração de ações e atividades programadas que reconheçam a interdependência entre os mais diversos fatores: cultura organizacional, mentalidade dos profissionais, funções e processos que cada pessoa responde. Esses aspectos merecem uma atenção contínua, flexível e a busca da integração entre os diferentes segmentos que compõem o ambiente educativo.
Os segmentos da escola contribuem para que o ambiente escolar seja favorável à saúde. Com condutas simples e a participação de todos, aos poucos se construirá um ambiente agradável e evidentemente mais saudável. Promover a abertura de espaços ociosos às reuniões de grupos específicos, seja de igrejas, associações de moradores, sindicatos, associações beneficentes, familiares e outros, tende a possibilitar que mais pessoas venham a participar da vida escolar e a tornar a escola um centro irradiador de conhecimentos, cultura e saúde.
Quando a comunidade se apropria da escola como seu espaço, poderá evitar atos de vandalismo (depredações, roubos e assaltos). Dessa forma, será possível construir e consolidar, com parceiros comprometidos com a educação e com a saúde, projetos sociais que possam apoiar a escola na solução dos problemas referentes à violência entre as crianças, adolescentes e adultos. A violência contra a criança, o adolescente e as famílias é um tema social emergente e que aflora ou mesmo se reflete no ambiente escolar. No local, são inúmeras as abordagens sobre a violência e suas conseqüências.
A valorização do cotidiano da escola e a elaboração de um projeto político-pedagógico, no qual a promoção da saúde esteja incluída, são importantes para que se estimule o indivíduo e a comunidade a desenvolverem habilidades para uma vida mais saudável, garantindo processos de aprendizagem que respeitem os direitos dos cidadãos. Trabalhar programas e projetos sociais envolvendo grupos diversos em atividades integradas desenvolve a auto-estima, o respeito mútuo e a troca de experiências, o que pode contribuir para a criação de um clima de afetividade que pode ser incorporado à vida dos indivíduos. A implementação de atividades artísticas, esportivas e culturais enriquece a ação na escola e na comunidade e representa o respeito à identidade histórica e social. Com a diversidade de ações e atividades voltadas para uma vida mais plena de sentido, a comunidade será estimulada em sua capacidade de desenvolver a percepção crítica para a tomada de decisões que impliquem uma vida mais saudável.


Temáticas sociais - escola, saúde e cidadania


A proposta de uma educação voltada para estimular e desenvolver nos alunos o exercício da cidadania, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, vol. 8, p.22), indica como princípios orientadores a "dignidade da pessoa humana, a igualdade de direitos, a participação e a co-responsabilidade pela vida social". Neste enfoque, garantir a dignidade e o exercício da cidadania é tarefa de todos. A cidadania é exercida quando áreas afins, principalmente a saúde e educação, desenvolvem integradamente suas ações diárias. O compromisso com a construção da cidadania reflete "uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social, dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental" (PCN, vol.8.).
A saúde relaciona-se com o meio ambiente em que vivemos, a estrutura da sociedade e das famílias e os hábitos pessoais de vida. É a relação do ser humano com ele mesmo, com o seu mundo social e o seu ambiente. É também uma relação da sua história e da história social em que está inserido. Na escola, a saúde e a cidadania são temáticas sociais que se complementam e devem ser objeto de interesse e preocupação dos atores responsáveis por sua incorporação à vida dos alunos e da comunidade em geral.
Nessa perspectiva, trabalhar a cidadania e a saúde como temas maiores que permeiam a sua vida diária - utilizando-se, para isso, das manifestações culturais próprias da comunidade, do município, estado e país e buscando recuperar valores e vivências sociais - torna a vida mais repleta de sentido humano.


O fracasso escolar


O desenvolvimento de ações e atividades que contribuam para a permanência e inclusão dos alunos na escola e para afastar os riscos da evasão escolar, repetência e defasagem idade/série se apresenta como mecanismo de apoio a uma ação integrada entre a educação e a saúde. O teatro, a música, o desenho, as manifestações culturais, as atividades físicas e o reforço escolar se constituem estratégias viáveis para o resgate de valores e a auto-estima desse segmento.


Prevenção de drogas / Aids / Gravidez na adolescência


Prevenir o uso de drogas, no contexto escolar, é importante. A escola tem realizado, com crianças, adolescentes, adultos e comunidade, rodas de conversa, projetos de protagonismo juvenil, atividades físicas, coral, banda, peças de teatro e outras manifestações culturais próprias da comunidade que têm contribuído para uma melhor abordagem deste tema.
O trabalho sobre DST/AIDS na escola vem se constituindo como uma nova postura ética de envolvimento de toda a sociedade com o tema, cuja discussão é indispensável e deve estar permanentemente presente no cotidiano escolar. Considerando o contexto atual, é importante que a escola construa com os alunos o conhecimento sobre as DST/AIDS como uma urgência social. Temas dessa natureza vêm sendo estabelecidos como uma decorrência das necessidades emergenciais da sociedade que, atualmente, ressente-se de um envolvimento maior das diversas áreas sociais com o problema.
A gravidez na adolescência é assunto cada vez mais presente na vida diária da escola. A gravidez precoce ocorre, na maioria das vezes, em momentos de indefinição, indecisão e, sobretudo, falta de conhecimento sobre a educação sexual, sexualidade e planejamento familiar. Nessas circunstâncias, o espaço escolar torna-se cada vez mais importante, pois é fundamental seu engajamento na discussão desse temas, buscando, em conjunto com a comunidade, especialmente os pais, desenvolver de forma coletiva programas e projetos comprometidos com o bem-estar e a saúde da população escolar.
Nos novos cenários propostos, estabelece-se a necessidade de reconstrução dos saberes da educação e da saúde.


Relação da escola com o SUS


A relação da escola com o Sistema Único de Saúde/ SUS será construída mediante um comprometimento maior dos profissionais envolvidos no processo. Exemplos de uma ação conjunta têm sido assinalados no Brasil e indicam uma ação mais comprometida com a promoção da saúde, a prevenção de doenças e cuidados básicos de atenção à saúde.
O processo de construção de vida saudável envolve as áreas de saúde e educação e fortalece o enfoque de saúde como qualidade de vida. Para que este processo tenha êxito, além da saúde e educação devem também ser envolvidos os demais setores sociais, buscando atender às necessidades das escolas e comunidades.


A construção de parcerias

Construir parcerias entre os setores sociais vem exigindo um exercício pleno de compartilhamento, quer seja institucional - educação, saúde, justiça, trabalho, meio ambiente -, quer seja por parte da sociedade civil organizada: associações, sindicatos, igrejas e outros grupos.
Com os setores sociais já referenciados, é possível estabelecer ações compartilhadas que venham a consolidar uma prática social coletiva e a construção de relações voltadas para a participação e o apoio à ação escolar.
Pontos para reflexão
1) Como introduzir hábitos saudáveis de vida?
2) Como abordar o meio ambiente - lixo, endemias, etc. - de forma articulada com a conscientização de uma questão ambiental mais geral?
3) Como incentivar a construção de relações mais solidárias?

Bibliografia
BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais, vol. 8. Brasília, 1997.
BUSS, Paulo Marchiori et al. Promoção da saúde e a saúde pública: contribuição para o debate entre as escolas de saúde pública da América Latina. Rio de Janeiro, 1998, versão preliminar. Mimeo.
ESCOLA PROMOTORA DA SAÚDE. In: Revista Promoção da Saúde, Ministério da Saúde, Brasília, v. 1, no 1, ago./out. 1999, p. 40-43.
GADOTTI, Moacir et al. Perspectivas atuais da Educação. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000.
MARTÍNEZ, Albertina Mitjáns. Psicologia escolar e educacional, v. 1, no 1, p. 19-24, 1996. Mimeo.

1 Consultora da Coordenação de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde.
2 Assistente Social do Ministério da Saúde.

Sexualidade

Educação Sexual

A Educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao sexo, livre de preconceito e tabus. Antigamente e ainda hoje, falar sobre sexo provoca certos constrangimentos em algumas pessoas, mas o tema é de extrema importância, pois esclarece dúvidas sobre preservativos, DSTs, organismo masculino e feminino, anticoncepcionais e gravidez.
O objetivo principal da educação sexual é preparar os adolescentes para a vida sexual de forma segura, chamando-os à responsabilidade de cuidar de seu próprio corpo para que não ocorram situações futuras indesejadas, como a contração de uma doença ou uma gravidez precoce e indesejada. Infelizmente o ser humano tende a acreditar que o perigo sempre está ao lado de outras pessoas e que nada irá acontecer com ele mesmo, o que o coloca vulnerável a tais situações.

Os meios de comunicação, entre tantos outros que utilizam o sexo para chamar a atenção das pessoas, acabam por estimular e criar curiosidades precoces até em crianças, o que dificulta bastante o processo de conscientização e responsabilidade individual dessas sobre o assunto. Dessa forma, se torna cada vez mais importante ensinar os adolescentes quanto ao assunto, isso dentro de casa e nas instituições de ensino
Uma adolescente que engravida nesse período de transição corpórea pode sofrer muitos problemas de saúde, como anemia, parto prematuro, vulnerabilidade a infecções, depressão pós-parto, hipertensão, inchaço, retenção de líquidos, eclampsia, convulsões e até mesmo a morte. Apesar de problemas fisiológicos, quando uma adolescente engravida, ela passa também por problemas psicológicos, pois a mudança de vida rápida exige grande adaptação e isso pode gerar conflitos, pois uma grande etapa de sua vida foi pulada.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola


Ficar

“Ficar” é uma expressão utilizada, mais ou menos a partir da década de oitenta, para nomear um tipo de relação na qual há troca de carinhos/carícias, mas que, diferentemente do namoro, não tem o compromisso com o outro como um fator fundamental.
O “ficar” não tem como pré-requisito conhecer anteriormente a pessoa; e também não possui um tempo de duração definido. Pessoas podem ficar em um intervalo de um único beijo, uma noite inteira, no período das férias, ou mesmo meses; sem, necessariamente, ter a obrigação de ligar, procurar, ou mesmo de ficar apenas com essa mesma pessoa. Há indivíduos que “ficam ficando” por meses, podendo ou não assumir, oficialmente, um namoro.
No “ficar” pode-se ficar escondido, ou passear de mãos dadas com o parceiro da vez; pode-se ficar um dia com a pessoa e no outro, estar com ela sem, necessariamente, ficar de novo. Pode-se estar apaixonado pelo “ficante”, ou unicamente sentir atração física por ele...
Assim, “ficar” pode para uma mesma pessoa significar um ato de libertinagem, em alguns casos; e, em outros, a um processo de pré-namoro, onde um conhece mais sobre o outro.
Devido a esta ausência de regras bem definidas, sentimentos de confusão, ansiedade, ou mesmo angústia, podem surgir, já que, por exemplo, existe a possibilidade real de se apaixonar pelo “ficante” sem que este compartilhe o mesmo sentimento. Ou vê-lo com outra pessoa sem ter o direito de cobrar exclusividade. Ou de esperar uma atenção a mais sem, também, poder esperar que isso, de fato, aconteça. Aliás, a cobrança é um fator que pode fazer com que o outro deseje parar de ficar com aquela pessoa...
Alguns psicólogos acreditam que este tipo de relação representa, para os jovens, o exercício da descoberta do outro, de seu corpo, sua personalidade e também autoestima; mas que, no entanto, pode ser um tipo de fuga quando a pessoa, mesmo com o passar dos anos, continua resumindo suas relações apenas a “ficadas”.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Puberdade

A puberdade é um período de transição do desenvolvimento humano, correspondente à passagem da fase da infância para a adolescência, circunstanciada por transformações biológicas de âmbito comportamental e corpóreo, conferindo pelo surgimento dos caracteres sexuais secundários diferenciados de acordo com o gênero.
No organismo masculino tais variações da maturação geralmente ocorrem entre a faixa etária dos 12 aos 14 anos de idade, e para o biótipo feminino esse marco caracteriza-se a partir da primeira menstruação, também denominada de menarca, conferindo maturidade por volta dos 10 aos 13 anos de idade.
Tais mudanças são coordenas a partir da ação endócrina mediante a atuação de hormônios hipotalâmicos, desencadeando a síntese de hormônios hipofisários, que irão estimular as glândulas sexuais a produzirem respectivamente: testosterona nos testículos (gônada masculina), e estrógeno nos ovários (gônada feminina).
Contudo, em condições normais os hormônios não são totalmente exclusivos de cada sexo, as glândulas sexuais bem como as supra-renais de ambos os sexos produzem estrógeno e testosterona, em níveis de concentração tolerantes e adequados ao desenvolvimento masculino e feminino.

Os principais caracteres sexuais secundários individuais induzidos à estrutura corpórea humana são:
Masculino
- surgimento de pelos nas regiões axilares (axila), inguinais (pubianos) e torácicos (peito);
-aumento em volume dos testículos e tamanho do pênis;
-crescimento de pelos faciais (barba);
-oscilação com posterior entonação da voz;
-alargamento da omoplata (escápula /ombros);
-desenvolvimento da massa muscular;
- aumento de peso e estatura;
-início da produção de espermatozoides.
Feminino
- expansão óssea da cintura pélvica (bacia);
-princípio do ciclo menstrual;
-surgimento de pelos nas regiões axilares (axila) e inguinais (pubianos);
-depósito de gordura nas nádegas, nos quadris e nas coxas;
-desenvolvimento das mamas.
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola.

Exploração Sexual


Exploração sexual é um termo empregado para nomear práticas sexuais pelas quais o indivíduo obtém lucros. Ocorre principalmente como consequência da pobreza e violência doméstica, que faz jovens, crianças e adolescentes fugirem de seus lares e se refugiarem em locais que os exploram em troca de moradia. Acontece em redes de prostituição, pornografia, tráfico e turismo sexual.

A prostituição é uma prática ilegal que busca oferecer prazeres carnais em troca de recompensa. Apesar de existirem leis que proíbam a indução de pessoas à prostituição com pena de até cinco anos de reclusão, tal prática cresce consideravelmente a cada ano aumentando o mercado e diminuindo as chances de que tais indivíduos que são submetidos às práticas se desenvolvam normalmente em questões morais, psicológicas e ainda intelectuais, pois os estudos e conhecimentos gerais lhes são negados.
A pornografia é um mercado ilegal que utiliza imagens em fotografias ou filmagens de pessoas em cenas que induzem o sexo, são desde eróticas provocativas até de sexo explícito. A utilização de menores nesta prática incentiva a pedofilia que é a exploração sexual de menores. A pornografia é crime perante a lei que pune o explorador com até seis anos de reclusão.
O tráfico é uma rede que exporta pessoas para outras localidades com a intenção de explorá-las sexualmente visando à geração de renda. É uma espécie de escravidão moderna que desenvolve significantemente a indústria do sexo e a distorção dos direitos humanos
O turismo sexual é a exploração de pessoas de um determinado local sofrida por visitantes de outras cidades, estados e países, essa prática tem crescido consideravelmente em locais turísticos que atraem pessoas de outros lugares por suas condições paisagísticas, culturais e/ou de lazer.
Tais práticas são conhecidas desde a antiguidade, a diferença é que antes utilizavam práticas sexuais como rituais de passagem da infância para a vida adulta como questão cultural e não como mercado lucrativo como vivenciamos.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola



Como usar a camisinha masculina


O uso da camisinha, desconsiderando a abstinência sexual, é o único método contraceptivo capaz de prevenir não só a AIDS, mas uma gama de doenças sexualmente transmissíveis; quando utilizada em todas as modalidades sexuais (genital, oral e anal). Assim, compreender como se faz o uso desta é necessário.
Procedimentos de uso:
A camisinha deve ser colocada quando o pênis estiver ereto, antes da penetração. Para tal, é necessário abrir a embalagem, delicadamente, com as mãos.
Importante: Nunca utilizar tesoura, dentes ou outros métodos alternativos, uma vez que podem rasgar o preservativo, inutilizando-o.
Após a retirada da embalagem, colocar a camisinha sobre o pênis, sem deixar que entre ar. Como medida de segurança, pressione ou dê uma leve torcida na ponta desta com uma mão; enquanto desenrola a camisinha com a outra mão. O preservativo deve cobrir todo o comprimento do pênis, até sua base (próximo aos pelos).
Importante: também é necessário evitar a entrada de ar enquanto desenrola a camisinha no pênis, já que este propicia seu rompimento. Caso ocorra, deverá ser feita a substituição.
Após a ejaculação, o preservativo deve ser retirado pela borda, com o pênis ainda ereto. Embrulhe-a em papel higiênico, e descarte o material no lixo.
Importante: dar um nó na abertura da camisinha evita a possível contaminação do lixo, protegendo o ambiente e pessoas que poderão manuseá-lo. Além disso, a camisinha não deve ser jogada no vaso sanitário, pois poderá entupi-lo.
Também vale lembrar:
- Abrir a embalagem somente quando for utilizá-la.
- Não utilize mais de uma vez a mesma camisinha.
- Existem no mercado várias marcas de preservativos que contém espermicida, potencializando ainda mais o efeito contraceptivo desses.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Como usar a camisinha feminina

A camisinha feminina foi lançada em nosso país em 1997. Tal como o preservativo masculino, impede a gravidez e incidência de AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis. Deve ser utilizada antes da penetração, tendo a vantagem de poder ser colocada em até oito horas antes do ato sexual, inclusive durante o período menstrual. Além disso, por ser de poliuretano, é mais resistente, mais fina, hipoalergênica e inodora; sem contar que já vem lubrificada.
Ela possui o formato de tubo, com aproximadamente 17 centímetros de comprimento e 8 de diâmetro. Além disso, contém um anel em cada extremidade. Um destes ficará no fundo da vagina e outro, vazado, do lado de fora, cobrindo a vulva.
Confira as instruções de uso:
Escolha uma camisinha de qualidade, não se esquecendo de conferir a data de validade. Abra a embalagem com as mãos e verifique sua integridade.
Importante: Nunca utilizar tesoura, dentes ou outros métodos alternativos, uma vez que podem rasgar o preservativo, inutilizando-o.
A camisinha deve ser segurada com o anel externo (vazado) para baixo. Aperte o anel interno (menor), com o polegar e o indicador, formando um “8”:
Escolha uma posição confortável e introduza a extremidade menor na vagina, deixando cerca de três centímetros do anel aberto para fora desta.
Empurre a camisinha para dentro, o mais fundo possível, a fim de cobrir o colo do útero. Caso sinta algum incômodo, ajuste-o, internamente, com o dedo.
Importante: ao contrário da camisinha masculina, a feminina não precisa ser “desenrolada”.
Após essas etapas, já é possível a introdução no pênis na vagina. Deve-se tomar o cuidado de que este fique dentro da camisinha.
Findada a relação, torça o anel externo e retire a camisinha, puxando-a delicadamente. Ela deve ser embrulhada em um papel, e jogada no lixo.
Importante: torcer o anel externo evita a possível contaminação do lixo, protegendo o ambiente e pessoas que poderão manuseá-lo. Além disso, a camisinha não deve ser jogada no vaso sanitário, pois poderá entupi-lo.
Também vale lembrar:
-Abrir a embalagem somente quando for utilizá-la.
-Não utilize mais de uma vez a mesma camisinha.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola



Dia Fértil

O período correspondente à ovulação é chamado de período fértil, ocorrendo aproximadamente catorze dias após o primeiro dia da última menstruação, em mulheres cujo ciclo menstrual é de 28 dias. É neste momento que a mulher está mais propensa a engravidar, já que é liberado pelo ovário um ou mais óvulos para serem fecundados pelos espermatozoides
É baseado neste princípio que o método da tabelinha é feito
Entretanto, mesmo em pessoas de ciclo completamente regulado, não há como prever se a ovulação ocorrerá exatamente neste momento. Assim, caso deseje (ou não) engravidar, pode ser importante que a mulher também se atente a alguns sinais que o organismo aponta
Um deles é a temperatura. Quando ovulamos, há um aumento da progesterona na corrente sanguínea, elevando a temperatura em torno de 0,2 a 0,5 graus. Considerando este fato, ao fazer esta medida diariamente, e no mesmo horário, é fácil notar tal alteração. Geralmente este aumento se inicia dois ou três dias antes da ovulação, voltando novamente a seu valor normal após o início do sangramento. Outro indício está relacionado ao muco cervical. Nesta época, ele tende a ser mais espesso, claro, cristalino e elástico; indicando a produção de estrogênio
Assim, o período compreendido entre esses eventos e os próximos três dias são os mais propícios para que ocorra uma gravidez. Considerando que o espermatozoide pode sobreviver por até aproximadamente três dias no corpo da mulher, relações sexuais alguns dias antes deste momento também propiciam uma futura gestação.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Androginia

Androginia é uma mistura de sexos onde um indivíduo reúne o sexo feminino e o masculino em si. Tal comportamento que hoje gera tanta polêmica utilizou exemplos bastante conhecidos como as figuras divinas andróginas de grandes civilizações que não possuíam seu sexo definido para representar o oposto entre esses. Acredita-se que Eros, deus grego e filho de Zeus e Afrodite, possuía os dois sexos, por exemplo.
Também na Antiguidade, pode-se perceber na mitologia a citação desse comportamento. Conta que havia três seres (Andros, Gynos e Androgynos) e desses originaram os homossexuais, os heterossexuais e as lésbicas por causa da atitude de Zeus em dividi-los ao meio para retirar deles um pouco de sua força. A partir dessa divisão os seres que foram formados unicamente masculinos buscavam sua metade feminina retirada por Zeus, os seres formados unicamente femininos buscavam sua metade masculina e os seres formados com características femininas e masculinas buscavam a metade feminina e masculina que lhe foi retirada com o propósito de voltar a ser como eram antes da divisão feita por Zeus.
Pessoas andróginas encontram características tanto femininas como masculinas em seus comportamentos e em coisas que as atraem, o que as fazem pessoas de sexo híbrido, ou seja, de sexo misturado. Ser andrógino não significa ser homossexual, heterossexual ou bissexual, significa que um indivíduo pode realizar suas vontades independentes da relação que possui com o sexo. Por exemplo, um indivíduo pode ter atração física pelo sexo oposto e ter anseios por acessórios desse, o que não o torna homossexual e nem mesmo um louco.
Alguns psicólogos que pesquisam tal disforia de gênero, dizem que tais indivíduos possuem altos valores de Q.I. e uma grande percepção relacionada ao comportamento humano. É importante ressaltar que tal comportamento não é doença, consequentemente não há cura.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola
  
Fonte:
http://www.brasilescola.com/sexualidade